quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Meses áridos

A terra arde diante aos olhos, como sob efeito de uma poderosa esfera de fogo. O próprio pedaço do sol, no deserto tempo. O imenso e doce mar temporal aporta em qualquer praia. Espontaneamente, o mar recua, como maré amplificada em caminho reverso. Um forte vento vento quente sopra da esfera. Junto com o árido e fervente clima de tal deserto temporal.

Parece que todos morreram. Sobra você. Você, por dunas, miragens, sem um pingo do doce elixir que compõe o bravo mar temporal. Mas a fúria do mar de agosto compensa, por ser a fonte dessa doce dádiva.

O elixir que te trás vontade de continuar em pé, mesmo que a situação empurre para baixo. Mas tudo parece sumir, a fúria do mar cessa. Todos esperam isso. Mas todos carregam consigo um pequeno cantil de elixir.

E se você não tinha cantil? Morre. Deixando apenas uma pálida imagem na tela, a qual todos ignoram. As premissas de que o mar iria secar foram acertadas, temia ter que dizer isso. Espero estar enganado.

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