Ao horizonte distante, em uma densa cidade, e, portanto invisível, estão malas. Todos em seus devidos meios de transporte, para longe vão. Longe do árido deserto, da cálida mesa caseira. Brindam o sucesso formidavelmente. Em suas malas, taças e melhores roupas. Com suas famílias vão, para bem, comemorar o santo feriado. São dados por mim e por qualquer outro, votos de uma feliz nova página, ou, quem sabe, um novo capítulo.
Mas restam para trás tantos laços folgados, tantos desânimos. E em terras distantes estão, dançando os passos de uma animada canção de final de ano. Entretanto, ninguém dançará a dança da chuva. Mas há um espírito que clama pela luz, relegado a uma ruína subterrânea de tantos séculos. Um espírito que abraça todos em tão célebre data.
Mas, dentre tanta feudalização social, só há trato. Não fino trato. Basicamente, todos em seus barcos. Não importa com quantos remos queres remar. Mas isso, infelizmente, depende do barco, e não de seus passegeiros. E são esses barcos que viajam. Oh, subúrbio... Por que eres tão medieval?
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