O quente cair da tarde se faz sentir em qualquer paisagem. Nesses tempos de verão tropical, nada é tão simples. Os miolos parecem fritar, e contribuem para que qualquer aridez temporal, mental ou física torne-se pior.
São meses de recesso escolar, estamos próximos a uma data muito comemorada. Mas o árido deserto determina que tudo há de ser plano, um plano instável. A qualquer cair da tarde, a ausência do idealizado elixir se faz presente como parte de um contínuo movimento. Entretanto, a possibilidade de suprir ou não se tornará bastante complicada, e nada haverá para compensar.
A ruína parece exibir suas garras sobre a valiosa bebida. E toda essa ruína não depende exclusivamente do tempo. Ou talvez não dependa nada do tempo. São apenas coroas metálicas.
De qualquer forma, ruína alguma vai destruir o valor que cada gota tem para mim. E ruína alguma há de desviar célula alguma dos meus caminhos. O tempo não é justo, nós somos.
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