quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Meses áridos IIII (IV) - O córrego de elixir

Os pés doíam sobre a escaldante areia. Nem importava mais como se estava. O importante parecia ser sobreviver. Ecnontra-se um riozinho ao sopé do morro. Elixir? Certamente. Entretanto estava ali apenas para constatar um erro, recuperar as forças, mas não extinguir a aridez desses tempos.

Porém, este curso d'água era escuro, taciturno, e podia, muito bem, trazer presságios de uma tempestade. Mas uma tempestade árida. Fazendo de qualquer alma churrasco sobre brilhante manta desértica.

Abri minha janela suburbana, observei o quintal por alguns segundos. Não vi nada além da medíocridade a que nos relega o tempo. Mas o tempo nos prega peças, nos dirige a grandes enganos e nos colide contra o espaço, na grande fenda espaço-tempo. Essas peças fazem certos tipos de elixir se tornarem drogas.

Como dependência, são males. Mas há males que vem para o bem, mas, novamente, é faculdade do tempo decidir os resultados. Mas, por enquanto, o presente, e suas racionalidades parcamente explicáveis, dá um pequeno rio para quem pensou não encontrar mais outro matiz. Mas uma gota desse rio pode se tornar muito significante, em quaisquer outras paisagens temporais.

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