quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Meses áridos III: Dimensões derretidas

Como em siderúrgica. O rotor e seu fraco vento tenta, com parcial sucesso espantar o calor físico, a medida que a alma tenta desbastar o deserto temporal, que, não importa o cenário, finca suas queimaduras sobre as doces memórias de um recente, mas distante inverno.

Uma neve que nunca caiu, se une ao azul esverdeado do elixir, como água marinha dos desenhos. Mas, se este cai como chuva ou se falta, o tempo, como força transcedental determinará.

O que pretende tal força consertar, destruindo o menor traço de esperança a bater no peito?

Nesse momento, o tempo derrete-se e funde-se com a terrena divisão sensorial, afim de aumentar a sensação de que tudo está as moscas, secando ao sol. Fazer fritar o portador da consciência, tortura-lo.

Forças me ajudaram a derrotar o escuro calabouço de tempos atrás. Mas me deixaram ao ver que estava tudo bem. E assim tudo começa a morrer.

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