terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sobre "cumprir tabela"

Está na moda nos colégios. Todo mundo só cumpre tabela (não me excluo disso). Ninguém está realmente interessado com o que faz na feira... E em certos casos (como o meu, por exemplo), nem tem como estar. Ás vezes por causa dos companheiros de grupo, ou por causa do tema que o professor escolheu e você não sabe nada, por isso irá se f* para pesquisar. Ou os dois, o que é péssimo, óbviamente.

O que se faz nessa situação? Faz de qualquer forma... Afinal alguma nota é melhor do que nenhuma nota. Porém fica aquela dúvida... Se só cumprimos tabela, não estaria por acaso perdido o propósito original da feira, que é incentivar a leitura? Sim, se perdeu. Então nesse caso chega-se a um veredicito: Mais uma coisa para só cumprir tabela? Então por que não vai fora?

Ah, mas o colégio precisa fazer seu "papel social". E muito mais que isso: Precisa justamente cumprir tabela (Até aí) mostrando serviço aos pais... We're a happy family, isn't it?

Mais um exemplo de visão de mundo limitada.

Agora a pergunta que fará algum leitor argumentativo (São pouquíssimos aqui) é que não se deveria acabar com a escola, já que tudo é questão de cumprir tabela? Respondo: Não... Absolutamente não. O que se deve fazer é restaurar o interesse dos alunos pelas coisas que aprendem. Isso é um processo lento, certamente... Mas para isso precisamos fazer cortes: Tirem feiras e trabalhos alternativos... Mostre primeiramente como as matérias possam ser "bonitas" (Embora nem a minha pessoa ache isso nessa altura do campeonato).

O resumo da ópera é: Professores fingem que ensinam, alunos fingem que estudam, professores e a alunos fingem que agradam os pais, e escola finge que faz seu papel social.

Cabe eu citar uma única frase: "I wanna be sedated"...

Att.,
T. R. P.

domingo, 22 de agosto de 2010

23h30

30 minutos para o fim do dia... E pouco mais de 6 horas do nosso inexato tempo para o colégio. Blargh, não quero falar disso novamente. Haviam coisas a se fazer para manhã... Tarefas. Óbviamente fiquei sem fazer, afinal fui visitar tios lá na Vila Prudente... Voltei, e quando voltei já eram 6 da tarde. Querem mesmo que eu corra para fazer isso? Tá, eu tive tempo. Mas é muita coisa. I can't make it on time.

Agora, aproveito a onda... Assisto vlogs... E converso com cada vez menos contatos no MSN. A noite se afunila como que formando uma seta... Uma seta que indica a cama. 23h30 quer dizer isso. Pelo menos para mim.

Agora pense você o que é observar os absurdos do dia-a-dia e ter que achar tudo normal... Se você fosse um observador preocupado com o mundo, aturaria isso?

Att.,
T. R. P.

sábado, 21 de agosto de 2010

"Ah tá, haha"

Posto-me a frente das coisas e acredito que certas vezes essa possa ser mesmo uma resposta plausível a vários problemas que nos são relatados. Algo como dizer: "Ah, entendi agora... haha" (I Understand, but I don't care about this).

Mas pois é, não vou me extender na parte do significado. De qualquer forma algumas coisas no dia de hoje realmente "bugam" a minha perturbada mente. Primeiro é chegar na divisão do inferno (colégio) e ter que suportar o de sempre (Leia os posts mais antigos). E depois chegar no mercado e ter certeza de que já aniquilaram de vez o menor traço de cultura. Sim, algum desconto pela posição de trabalho do cara até podemos considerar... Mas o que você pensaria de alguém pedindo no balcão da padaria da seguinte forma:
- Me vê duzentAS gramas de mussarela, duzentAS gramas de mortANdela e dez pÃOs, por favor.
O que você pensaria? Fiquei horrorizado. Confesso que até o muito proliferado erro do "onde" me irrita, imagina essa atrocidade aí?

Voltei para casa... E ainda não voltei a estudar os exercícios da aula de violão (guitarra). Mesmo porque depois que voltei minha tia me fez ler uma reportagem sobre um cara da Globo que morou na Favela mesmo tendo dinheiro porque talvez fosse muito humilde... Ou porque houvessem vantagens por lá... Vai saber.

E assim as coisas vão me colocando fora dos trilhos... Pois como disse a Teté... Esses probres cheiram a coxinha... Pow, a maioria quer. Afinal hoje ser pobre ou pagar de pobre tá na moda... Isso você vê até no vestuário das pessoas: Bermuda, chinelão havaianas e camisa com estampa de surf, ou de vez em quando camisa da Ecko... Tudo bem, a marca não importa. Mas de qualquer forma ninguém deveria transformar roupa de praia ou de casa em roupa de sair ou ir trabalhar.

Eu uso bermuda... Sim... Muitos usam, não é ESSE o problema. Digo essas coisas porque sempre faço questão de colocar uma meia, tênis e uma jaqueta para ir até ao mercado. Não me misturo aos "manos".

Então isso me leva a concluir que realmente está muito fincada na nossa cultura essa questão do "pobretismo"... Vamos parar com isso... Quem é pobre não deve se conformar e se orgulhar, e quem tem dinheiro não precisa bancar o tosco, mesmo que seja só de brincadeira (como eu espero que seja em 100% das vezes, by the way...). Mas elejo um símbolo perfeito para o que estou falando: Regina Cazé. Chega, não precisamos de mais comunidades de pobre, já temos muitas.

Seguimos assim: Povo sem educação, pobres orgulhosos de serem "gente simples"... Onde vamos com isso?

"Mas sabe o que acontece?
RONALDO!" ¬¬'

Think about...

Att,
T. R. P.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Postagem do desenterro - II Edição

Mais uma vez fiquei uma porrada de tempo sem escrever. Na verdade é falta do que dizer mesmo. Já me manifestei em relação à minha amada, bem como meu pai, assim como manifestei indignação quanto aos tipos estranhos à minha volta.

Não gosto de loops, por isso fiquei algum tempo sem escrever.

Mas uma coisa está muito clara para mim. Há algo de errado no CPU, ou em mim... Algumas vezes enquanto estive no colégio ouvi a CBN... Mas poucas mesmo, e só por isso todo mundo diz que ouço a "rádio do trânsito". Não tem graça. Para falar verdade é bem coisa de adolescente babaca.

Estranhamente não existe entre alunos do CPU a capacidade de fingir que o cara não existe. Não sou respeitado nem com quem eu ando, para ver onde as coisas chegaram. Até fico de pé atrás de escrever aqui, pois um dos leitores me disse que eu precisava postar no blog, porque ele queria ter com o que rir quando chegasse em casa. Ótimo, ria com este texto.

Coxinha... Ah, coxinha. Fui muito mancada com a Teté na primeira feira do ano, eu sei... Mas acredito que o que estejam fazendo agora seja pior. Tudo bem que ela tivesse um preconceito teóricamente idiota... Mas pelo menos ela assumiu, e em parte até concordo com ela. Mas isso passa dos limites, e tornaram a expressão utilizada por ela em clichê... Nenhum de nós escapou quanto à utilização dele, porém já digo de ante-mão, é coisa de idiota. Não me estranha que todos a tenham criticado, hoje estamos pobrescos mesmo... Incluindo em cultura.

Deixe estar, enquanto S4F e Carbona for mais importante que o que vier mais para frente, e se preocupar com sociedade for coisa de otário, quem vai pagar por isso são eles.


Fica a dica... Nós, que temos cérebro, faremos troll face para os sacos de ossos, e também para os sacos de músculo...

"By the way", por enquanto continuamos nossa estrada em direção ao fundo do poço, Com Dilma nos TT's, com Serra comedor nos TT's... Tá difícil. Mesmo com o povo que eu ando, não posso nem pontuar a fala com as mãos... Vira tudo piada. Oratória, reitórica... Ninguém estuda mais a arte de falar bem. Agora falar malandramente é o que conta.

Mas "eu nââsci com cabelo enroladinho, cheio da cachinho na cachola" (Ou sei lá como se escreve), mas todo mundo canta isso, então deve ser algo muito imporante.

Abraços a quem merece,
Att.,
T. R. P.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dia dos pais

Estava pensando no que escrever agora pouco... Já que o @pereinert também escreveu sobre os dias dos pais, fica também a minha homenagem atrasada.

Domingo foi um dia simples, de macarrão a alho e oleo (Don't ask me why). Porém foi um dia comum aqui em casa, como qualquer domingo, e justamente por isso escreve hoje.

Hoje o mundo é um lugar hostil à pessoas que tem cérebro. Para se dar bem hoje em dia basta ser um desmiolado com a arte da oratória, e não é a oratória que se aprende no Trivium/Quadrivium, e sim a oratória do povão... A lábia que faz o povão ficar grudado no canal 13 a uma dada hora da tarde. 400 mil reais para interpretar um personagem que, embora original, não tem nada de especial.

Sobre estas coisas, que este que vocês escreve publica aqui, é que conversamos tanto. Devo ao meu pai o fato de eu não ser um idiota pseudo-colírio ou jogador de futebol analfabeto. Foi me falando dos seus tempos de adolescente, de universidade e de aventuras pelos jornais e redações que fiquei sabendo de muita coisa a respeito da personalidade dele. Logo gostaria de desejar de novo um feliz dia dos pais ao meu pai e também formador ideológico.

Abraços,
T. R. P.

domingo, 8 de agosto de 2010

Relato de uma noite de Sábado

Enquanto os Ramones se encarregam de utilizar bem os poucos Watts do meu rádio, escrevo aqui no blog. Talvez eu preferisse imaginar o texto tocando Blues em uma SG conectada à um Marshall, mas por enquanto isso não é possível, mesmo porque não sei tocar.

Escrevi aqui um texto bastante sentimental nos últimos dias. É triste, porém já era previsível, que não teria muita utilidade, a não ser um vazio sem resposta. Durmi, durmi bem, porque realmente durmo melhor quando eu tiro o peso das minhas costas.

Pior ainda é saber que amanhã já virá o Domingo, para depois vir uma Segunda, e consecutivamente outros 4 dias de cão... Daí preciso ler livros para a feira... "Carolina Maria de Jesus"... Sem querer desmerecer o trabalho dela, interessante, sem a menor sombra de dúvidas. Mas não é projeto de uma semana, e muito menos meu campo de interesse. Para mim "histórias de vida" não comovem, e realmente preferia algo melhor para fazer... No entanto com tanto pouco tempo só tenho uma coisa a dizer sobre ler tal livro:



I can't make it on time
I can't make it on time
I keep tryin' and tryin'
I can't make it on time

I can't hurry and you can't wait
It doesn't matter 'cause we're already late
I can't get off the telephone
It always rings when I'm alone

You gotta wait wait
'Cause you don't need no one
Wait wait
'Cause you know that I'm the one
You gotta wait
Hey, hey, hey

Ramones - I Can't Make It On Time



Também acredito que sejam questionáveis as feiras do CPU. Ninguém está mergulhado no trabalho, ninguém quer saber de feira... Todo mundo só cumpre tabela. Sendo assim ninguém precisa ser falso e levar os pais separados no colégio e gritar "We're a happy family". Sério, estou com a paciência rachada de tanto ver isso. Se tem alguma coisa boa na feira é ver aquele bando de gente inútil se ferrar para apresentar algo que nem faz idéia do que é.

Sendo assim está lançada a recomendação: Texto pronto, decorado do melhor jeito possível... Joga 10 parágrafos e mata os pais de sono. Pronto.

Well, 5 dias de cão também significam: Não entender nada de Álgebra, especialmente se a professora enche a lousa de números, e além de você ter que processar a lógica numérica, ainda precisa traçar gráficos. Seria mais fácil se o colégio não fosse tão sacal, de uma forma geral.

"I Wanna Be Sedated"

Ainda continuando... Acabo voltando desse loop e pensando na cartinha que publiquei aqui. Talvez esteja muito fora do mundo. Devo ter morrido, e alguém deve ter esquecido de me avisar. O jeito agora é esperar algo acontecer para lá de 2013. Mas não quero falar do aspecto pessoal... Só mostro como o mundo está se conduzindo hoje. Rumando para a total falta de lógica. Logo concluo que está difícil falar com as pessoas, cada vez mais estamos vivendo em uma bolha flutuante, desisto, então, de tentar fazer com que as pessoas pousem. Pelo menos por enquanto.

Boa noite.
Abraços,
T. R. P.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Público (Uma carta à alguém especial)

Sei de tudo... Sei que ao teu ver sou apenas amigo, sei que ao teu ver sou apenas alguém que queres evitar. Infelizmente sei de tudo o que pensa sobre mim. Não, não fico espalhando lamúrias aos quatro cantos do mundo, no entanto fico um tanto quanto magoado.

Minha imaginação voou a 1200 quilómetros por hora antes de se chocar em um monte que não constava no GPS, se é que é permitida uma comparação. Não entendo como é possível uma pessoa mudar tanto... Não entendo, não sei o que fiz, se foi minha a culpa, peço sinceras desculpas.

Sempre quis ser pelo menos um amigo valoroso seu, se não desse realmente para ser mais que isso. Era tudo com que realmente sonhava. Alguém que gostasse de Rock, tivesse inteligência e além de tudo linda... Imagine... Uma rosa perfeita...

Amizade que se fortaleceu em poucos meses... Éramos bons amigos. "*-*" ou "te amo" eram expressões comuns que trocávamos.... Dócil e mansa, assim como o vento em uma tarde de outono, que varre as folhas espalhadas na consciência, mas que além disso as organiza.

Ao som de uma tirada de blues perfeita de uma guitarra gasta com o tempo quem sabe? Não há ninguém que valorize tanto suas qualidades... Sua afinada e bonita voz e seu perfume servem de ticket para uma viagem sem fim nas altas frequências da minha mente.

Tudo que eu queria lhe dizer é que te amo. Você é a mais bela flor a ofuscar meus sonhos ao som dos relâmpagos contrastando com o rock'n'roll tocando no rádio. Tudo de que lembro é de você. E me resta apenas uma grande vontade de te ter nos braços... e dançarmos... e cantarmos...

Ah...

domingo, 1 de agosto de 2010

Agosto

Ah, Agosto... Mês do Desgosto. É quando finalmente você volta às aulas e tem que aguentar na TV anúncio de promoção de volta às aulas enquanto os pais correm para comprar o material para a segunda metade do ano.

Enquanto isso você já vai pensando que acaba seu tempo de paz e entra de novo na tensão. "Será que aquele trabalho é para amanhã", "PQP, não fiz a tarefa de aritmética". Quando na verdade você está com a situação sob controle e acha que não, ou vice-versa. "Overtensão" das aulas.

Mais uma vez em contato com as figuras fálicas, carregadores de roupas e outros tipos envoltos em panos, escutando música Eletrônica. Paciência, são os tempos. Resta se contentar com o fato de que o Rock nunca morre (Só envelhece). E essas outras drogas passam rapidamente. De resto não tem nada de bom ter que ouvir o "putz putz tarata putz ta"...

Ouço Ramones, Funk (Funk de gente, não "as novinhas") e AC/DC. Enquanto isso vamos levando o resultado do empobrecimento cultural nas costas. Às vezes penso que foi até a geração Rock (Eu curto, Rock, mas...) que gerou isso, com coisas como Pink Floyd (Que eu curto também, mas...) dizendo que deveríamos derrubar as paredes, que não precisamos de Educação.

Taí, os frutos acabaram sendo até os estilos ruins que surgiram. Será que isso tem concerto? A menos que criemos um movimento para revitalizar a cultura, acho que não é muito possível.

Att.,
T. R. P.