sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Cruzando os céus do novo ano

"The bad news is time flies. The good news is you're the pilot"
-- Michael Althsuler


Parece que foi ontem, mas já há quatro dias em que o ano de 2013 se faz presente nos calendários ao redor do mundo. Ajusta-se o altímetro, novo nível alcançado, mais uma marca do tempo nas cadernetas de cada um. Passa-se mais um teste e elabora-se outro rascunho. Se renovam esperanças, se consolida uma nova era, ao avanço do tempo.

O tempo voa, jamais para. E, consigo, leva o passado, para bem ou para mal, irreparável, imutável. Três vivas à imutabilidade do passado! ainda friso. Esse conjunto de experiências que para trás deixa-se e os efeitos consequentes de cada atividade é a formação de um sujeito.

Como seria se a máquina do tempo desse a chance de se modificar o passado consolidado? Quiçás, diversas vidas haveriam de ser poupadas, aviões não haveriam caído, a revolução francesa não se haveria travado. Mas se não é, a estabilidade, do ser humano, parte; é justamente sua contraparte que invoca a arte. Sem dor não há arte, sem instabilidade não há nada que dor provoque. Sem arte, não há o que se registrar.

Tampouco haverão inventos. E os anos que se passarem só serão uma mera contagem referencial. O tempo pouco importará, se tudo estiver em um mesmo plano.

O tempo voa. Nos cabe guiá-lo. Às vezes, parece quase parar. Em outras, parece quebrar a barreira do som, como um certo flying delta. Quem dita velocidade e destino são os ponteiros do relógio, ao viajante cabe apenas navegar pelas belezas que a vida nos trás e melhor saber aproveitá-las, antes que o partamos para o último vôo.

O ano que se passa, e o novo ano que entra é como número do vôo. Por certo, pouco importa a forma como se recebe o bilhete. Alguns preferem recebê-lo em trajes de pai de santo. Outros preferem fazê-lo reiterando os laços de amizade. Mas, ao fim de tudo, o bilhete estará na carteira. O bilhete que trará mais algumas milhas de vida, quiçás acompanhada de algumas tempestades, quiçás das luzes estelares. Há coisas que somente o tempo reserva aos viajantes que cruzam seus mares e céus. E pouco há o que fazer por parte do viajante. Este apenas navega com toda a força que os braços podem lhe conferir.

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