Estou a meio caminho do topo, por entre densa mata de desconexos raciocínios e múltiplas lógicas. A meu ver, talvez a parte mais difícil e intransponível do caminho. Embora seja bom, de certa forma, que assim permaneça.
Não há problemas quanto a inclinação, nada que meus velhos tênis não enfrentariam. Muito pelo contrário. Até fazem sem pestanejar o caminho que, dia após dia, conduz-me ao ânimo de dar continuidade a toda uma série de responsabilidades as quais minha pessoa talvez não desse cabo, não fosse essa força extra.
Contudo, a alma clama por subir e não subir. Imagina-se feliz no topo, intuição selvagem e sem obstáculos. Entretanto, não quer gastas as solas subindo o que talvez possa matar logo que se começar a subir. Cruelmente dividida, a mente clama pelo plano sem barreiras.
E toda a força astral da paisagem e do clima, por certo, só atraem ao evidente infortúnio. Ruga dos seres pensantes que vêem mesmo em mais tenros pensamentos, instituições, o infortúnio é como velho companheiro. Volta para lembrar de que a felicidade é momentânea.
De novo entregue às reflexões, deixo que o tempo passe na montanha, na metade do caminho para o topo em uma estrada sem rumo. Portões imaginários são como produto de minha mente... Mas defensores do topo, não. E a selvagem força dos tigres me barrará cedo ao tarde. Antes paro, antes penso. E aqui fico, respirando do ar puro que posso, cada vez desejando mais tempo...
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