quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Crônica de um livro azul II

O livro azul voltou. Não a mim, mas de mim. E se aproxima a contagem final. Como malha fina, rígida. Sobem os clamores e choros e nós e outros, aqueles que ficaram para trás nas tabelas e muito lamentam por isso, aqueles que já tem isso como fato consumado. O sol do meio dia cumprimenta o horário que, por larga folga, vence o mais selvagem sentimento de morte acadêmica.

Sagaz urubu, a PP de urutu, impiedosa como parte da vida. Pescoço torto e pelado, autoridade na ruína. À estratégia entrego os pontos. A última luz da cidade se apaga. Lanternas sagazes desafiam o inaquebrantável silêncio da noite.

E na sorte, todos estamos, aqui ou ali, e a incerteza dos caminhos futuros, não supera a barreira da própria contradição, quase personificada, não obstante, tão necessária.

Que venha o livro vermelho. Se a paz e aconchego vem ao leito, de tanto esforço quase póstumo. Dias melhores virão. E com certeza, viverei para vê-los.

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