Mais uma vez, mostro-me aterrorizado. Gostaria de estar escrevendo esse post em Londres. Mas atualmente estou escrevendo-o em São Paulo. Não que não goste da cidade, não gosto é do país, mesmo.
Esse cubículo, vendedor de comodities e bananas, república pré-chavista, ainda insiste em chicotear os seus habitantes. É horrível ter que generalizar os políticos, mas parecem ser iguais, sempre. Eventualmente, são construídos hospitais, escolas, etc... Mas, quase sempre, quem dita o acesso é o Q.I. (Quem indica) e a burocracia, a recorrente e maldita burocracia.
Orgãos aparelhados e inchados detonam os recursos do governo. Nesse meio tempo, Escolas continuam mal equipadas, E.T.E.C.'s ficam dependendo de recursos da A.P.M., você vai na Fundação de Odontologia da USP e não consegue tratamento porque "não há alunos", você não consegue tratamento de ortodontia porque "não há interesse didático", o trabalho intelectual é nivelado à vagabundagem, e os escritores que tentam refutar essa situação são hereges.
Mas para a Imprensa, é tudo colorido e agradável. Pessoas "versáteis", modernas, abertas, mais parecidas com Alphas mantidos pelo Soma ("O Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley"). Ninguém mais arrisca a estabilidade mínima atual falando que o bolsa família é puro assistencialismo populista.
Mas estamos aqui, sem ter dinheiro para o ônibus, tendo que mostrar toda a versatilidade, fazendo dois cursos por dia (alguns até três), e já pensando no vestibular. Todos precisam se focar, não é concebível que alguém conheça assuntos nos mais diferentes campos... Afinal, o super-especialista irá, provavelmente, fazer a tarefa mais atido com o assunto em que foi formado do que alguém que tenha poli-conhecimentos.
E, além do mais, é muito mais fácil pagar um super-especilista, afinal, ele só cobrará pelo servicinho quadrado dele, enquanto a pessoa que pensa irá cobrar o justo por utilizar sua força de trabalho (Sim, o cérebro é uma ferramenta) para fazer o melhor possível. Mas o "melhor", não parece ser mais necessário.
A alta experiência parece ser ridicularizada, e só conta se vier com um mestrado junto. Mestrado em [imagine a matéria mais ínfima da faculdade]. Estou farto. Se tivesse como, deixava esta terra de índios esquerdistas, vendedores de bananas e "amigo" (Imagine um sotaque sulamericano).
Tenham uma boa noite, e deixem esta terra devastada antes que seja tarde demais. Se isso não começar com a Dilma, será algum outro populista.
Att.,
T. R. P.
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