quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Musas

Ninfas das árvores da estrada para o Olimpo. Que mais dá para dizer? Muito acertadamente hei de afirmar que praticamente nada, se excluirmos o fato de que a humanidade as faz não quebrarem a barreira da perfeição. Mas como deusas greco-romanas são belas em seus defeitos, lindas em seus traços. E diferentemente destas últimas, existem ao nosso lado, ainda que intangivelmente separadas pelos braços do que é, na maioria das vezes, qualquer arquétipo da velha laia.

Mas se as deusas tem seus defeitos, também os tem os deuses. Ou, ao menos, o que para elas são seus companheiros de Olimpo. A sabedoria divina difere da sabedoria humana. A sabedoria divina se enterra sob diversas atitudes que facilmente identificamos naquelas crianças que brincam no quintal. Em nosso solo, há de ser o homem o máximo possível magnânimo para que as chaves da eternidade consiga, e não há de usar poderes para batalhar seu caminho.

Hão de ser os neurônios a mais poderosa arma humana. Com inteligência e paciência, e sintonizado na frieza da musa, a perseverança há de guiar, fora da mira dos incautos deuses, pela trilha do sentimento forte. Coração que bate pela vitória, clama pela taça. Porque se criamos deuses, somos, na verdade, nós os deuses, e nossas as deusas, que conosco foram criadas, e um para o outro fomos feitos. É amor apenas a peça que faltava para que dentro do Olimpo estivéssemos.