terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Objetividade

Sim, objetividade. Hoje as pessoas são assim, objetivas, imediatas. Nem acho que isso vá mudar tão cedo, mas queria deixar registrado mesmo assim, para que pelo menos saibamos o que perdemos em meio a isso.

Objetividade é um mecanismo simples de pensamento. Digo, um primeiro plano. Nesse plano está contido desde a escolha da barra de cereal, de manhã, atè a escolha de um curso que você quer fazer, se focando em um objetivo. Exemplo: "Estou sem dinheiro, marketing está dando dinheiro, portanto, farei marketing. ".

Nós perdemos com isso, as pessoas não fazem cursos ou faculdads para estudar e acumular conhecimentos sobre o mundo, elas preferem simplesmente viver suas vidas. Afinal, todos sabem que assim é muito mais confortável do que se matar tentando solucionar um problema de lógica. Por mais incrível que hoje possa parecer, isso é muito aceito hoje em dia, pois aqui é a terra do culto ao especialista.

E então, todo esse conhecimento fica fragmentado entre várias pessoas, e quando várias executam tarefas muito específicas, vai ficar meio difícil escolher alguém para liderar, afinal, qualquer um que seja escolhido, entenderá apenas de suas áreas. Resumindo: Será o completo fim dos "faz-tudo"'s das humanas (que, em certos casos, sabiam até um tanto de exatas). E, em contrapartida, surgirão apenas operadores do dia-a-dia, incumbidos da heróica (Me recuso a adotar o novo acordo) tarefa de desempenhar suas funções.

E os "faz tudo"'s restantes estarão por trás disso, pensando no suposto bem e uniformidade humana, assim podem deixar que o serviço de "zumbização" continue.

O problemas é justamente que, se isso é feito sem liderança, como cada especialista vai saber onde ele é necessário?

A objetividade também se aplica aos pensamentos rápidos, tais como "vamos beber uma cerveja?". Alias, os pensamentos do dia-a-dia são objetivos. Ok, todos nós sabemos que ninguém vai colocar Aristóteles ou Platão no meio disso, pois, como sabemos, quem tem casa/apartamento precisa constantemente pagar as despesas e comprar comida, e, certas vezes, verificar as contas.

Todas essas tarefas não são complexas, mas se tornam com a nossa péssima educação.

E o aftermath é o mesmo: Continuaremos burros e objetivos, e... Mesmo sendo corporativistas, sempre, alguma hora, vamos perceber que só se vence a zumbização com estúdio. Ao ver isso, já é tarde.

Boa noite,
Att.,
Tadeu

22 de Janeiro de 2011
São Paulo, Capital

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tempo limite

Do alto da Ponte Eusébio... Do nascer do sol até o cair da noite. O vento tênue varre a poeira de forma precária de cada um dos ônibus e carros parados em uma tétrica seqüência, que combina irracionalidade com a falta de perspectiva de algo melhor. E então, o último raio de luz bate, deixando lugar à Lua, que teima em aparecer antes que nossa grande estrela incandescente se esconda de nossos horizontes para iluminar o dia e outros cidadãos.

O dia termina, deixando pessoas em suas casas, para alimentar um ciclo interminável, lutando contra o abafado sono, e quase amordaçado pela rotina diária. Nesse meio, em que o corporativismo impera e que prevalece o Q.I. (Quem indica), não há nada a ser feito, que não seja observar o lento passar das horas através de um sujo visor, que, há horas, o acompanha, sob suor e partículas suspensas. Tão suspensas, que certamente poderiam suspender a qualquer pessoa de sua rotina, tendo que tomar remédios para conseguir ao menos respirar.

E da janela de um ônibus, que pode ser, com justiça, de caminhão de gado. Na nossa mania de ser Livestock, está um conformismo brasileiro. E enquanto isso imperar, as partículas em suspensão vão continuar congestionando nossas vias aéreas, já emparedadas de dióxido de carbono. E mais um dia começa como terminou. Dentro da caixa de papelão sobre pneus, compactado feito fardo de algodão prestes a ser carregado em um trem.

Att.,
T. R. P.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Patrulha da madrugada

É, parece que não tem horário melhor para escrever. De dia não dá... É muita agitação, muita gente proferindo milhares de palavras de comando na minha orelha. Afinal, todo o "moleque" deve "fazer alguma coisa". Daí, se demorar...
- Ô, moleque, não ajuda em nada mesmo.

Não respondo, volto, abro um jogo, e fico dando golpes de lança no meu tempo, enquanto eu deveria estar lendo. Mas o fato é que não estou muito afim de fazer isso durante o dia... Tudo bem, tenho um amigo meu que tá em situação pior, em relação à paz no recinto. Mas, de dia, não faço nada que demande muita importância só pra mim.

Dessa forma, me tranco no meu quarto... 5h da madrugada. Hora de dizer algo, mas o quê? Nada. Muitos lêem o blog do raiozinho, mesmo que esporadicamente. Alguns vieram para ler e xingar muito no Twitter, outros vieram só para ler, outros vieram para olhar. Gostaria de agradecer à essas pessoas por fazer meu "trabalho" valer à pena.

Em algumas vezes, inclusive, as pessoas tem conselhos úteis. Nunca podemos deixar de prestigiar o trabalho da crítica.

Mas desse nada, citado no parágrafo anterior, saem textos como esse. De vez em quando eu gosto de mandar um sinal de vida para quem lê o blog, e faço questão de que ele seja minimamente bem escrito, porque eu sei que eu não falo com macacos. Ou seja, é isso, no final das contas, que eu eu venho fazer aqui às 5h.

O sinal de fumaça está dado... Preciso mandar um mensageiro ou posso finalmente dormir? Ok, já que o Blogger não responderá isso por mim, eu vou escolher a opção mais óbvia. Dormir.

Att., T. R. P.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Texto mal formulado

Aqui está mais um texto, passado diretamente no editor de Blogger, nem tive o cuidado de passa-lo no meu antiquado Word 6. Confesso que não tive paciência para escrever nada até que eu ficasse no meu quartinho, ouvindo música e tendo idéias à partir de minhas conversas via Messenger.

Um leitor reclamou do meu pouco volume de artigos. De fato, reconheço, posto pouco. Porém, já falei de quase tudo que me incomodava, tanto diretamente, quanto indiretamente. Se eu delinear mais algo aqui, tenho quase impressão de que será um texto redundante (Este provavelmente será, também), mas, para diferenciar um pouco, vou comunicar algo um pouco diferente do meu radicalismo usual:

Estou no mundo do "intelectual" Datena. Acho que é difícil de se ter uma dimensão em o quanto isso me deprime. Mas estou aqui, vivendo minha vida, indo para um colégio novo. Queria começar de modo diferente, e mandar um abraço, abraço antecipado... para os alunos do Guaracy Silveira. Não quero conflitos, não quero confusões, lutas por nacos. Quero apenas pensar. Pensar. Escrever. Eu quero ser uma antena de minha civilização.

Hoje não há muito espaço para isso, mas estou disposto a apostar minhas fichas nisso, e não mais em rusguinhas de colégio, e entrar nesse ano sem ressentimentos passados, e sem previsões de problemas futuros.

P.S. para um amigo meu: Amar e ser amado é a melhor coisa do mundo, talvez, mas não deixe que isso leve sua consciência, pois o mundo não consiste só nisso, como você mesmo deve saber, e de qualquer forma. Sorte, força!

Obrigado.

Att,
T. R. P.